Aluísio Carvão - ARTSAMPA 22
fotos das obras: Jaime Acioli
foto do artista: José Paulo Gandra Martins
No final dos anos 1950 a relação entre espaço-cor-expressão em Carvão vai amadurecendo na direção da libertação da cor, da espacialização da cor. Da fase do Claro-Vermelho para a fase das Cromáticas, a linha vai se condensando em cor, que por sua vez vai se materializando, ganhando textura e espessura. Na verdade, o que essa cor vai ganhando é uma temporalidade própria, que fica trabalhando indefinidamente entre o tom e a forma.
As Cromáticas de Carvão são o que há de mais intenso, essencial, na pesquisa de um “tempo interior” da cor. Ela fica germinando na tela, impondo lentamente o seu ritmo, que se dissemina entre o informe e a forma, entre o claro e o escuro. É uma cor, segundo Pedrosa, “fabricada de luz e de química nas cumbucas de alquimista do pintor”
Podemos afirmar, sem maiores hesitações, que sem o Cubo-cor de Carvão não haveria os bólides de Oiticica. O diálogo destes dois artistas - Aluisio Carvão e Hélio Oiticica - é riquíssimo e fundamental para a experimentação com a cor na pintura brasileira.
Luiz Camillo Osorio - "The Adventure of Color in Brazilian
Art: Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, and Roberto Burle Marx."
Publicado em Purity is a Myth - Getty Research Institute - 2021

Aluísio Carvão - 1960 - 50x61cm - Cromática IV - Tempera s/ Tela

Aluísio Carvão - 1961 - 56x36cm - Sem Título - OST

Aluísio Carvão - 1963 - 55x38cm - Sem Título - OST

Aluísio Carvão - 1978 - 25x33cm - Pra Maria José - OST

Aluísio Carvão - 1979 - 80x60cm - Personagem - Tempera s/ Tela

Aluísio Carvão - 1982 - 73x116cm - Espiral

Aluísio Carvão - 1982 - 115x100cm - Brasiliana Amazônica - OST

Aluísio Carvão - 1986 - 92x160cm - Sem Título - OST

Aluísio Carvão - 1986 - 150x140cm - Sem Título - OST